quinta-feira, 25 de março de 2010

EDUCAÇÃO FÍSICA, SAÚDE PÚBLICA e SUAS RELAÇÕES!

As novas evidências, vem comprovando, a importância e contribuição da atividade física para a melhoria da qualidade de vida de uma população. Isso se confirma, através de relações entre sedentarismo, como fator de risco, e estilo de vida ativo, como fator de proteção a doenças hipocinéticas e crônico-degenerativas, que é atualmente grande fonte de preocupação mundial no que se refere à Saúde Pública. (ACSM, 2003).

Com relação à origem desses agravos, precisamos nos atentar, que um dos principais fatores de risco é um estilo de vida sedentário e estressante que são características do modo de produção capitalista. Neste sistema econômico, o homem trabalhador, para garantir a sua sobrevivência, passou a transformar o seu tempo de vida em tempo de trabalho, sofrendo, assim, um grande desgaste que na maioria das vezes lhe impossibilita usufruir de alguns bens humanos como o lazer, a educação e a atividade física.

Percebemos que todo o conhecimento produzido acerca da atividade física e saúde, poucas vezes é colocado e aplicado a serviço da sociedade. A maior parte dos profissionais de EF atuam em academias e clínicas particulares, contrastando com os profissionais de outras áreas a exemplo da Medicina, Enfermagem e Fisioterapia, cujo campo maior de atuação é a Saúde Pública.

Acreditamos que talvez esse fato perpasse por vários motivos, dentre eles: a) O desconhecimento da comunidade sobre a importância do trabalho deste profissional, o que acaba influenciando na falta de interesse da população em cobrar das autoridades públicas a sua atuação no sistema de saúde; e b) Os ranços históricos desta área do conhecimento, que até pouco tempo, não priorizava a atuação na Saúde Pública.

Dessa forma, somente uma minoria tem condições de usufruir de alguns serviços em academia, de personal trainer, ou às vezes, fazendo parte de clubes e associações sociorecreativas/desportivas, enquanto a parte majoritária passa a ter acesso muito limitado ao exercício fisico, se restringindo apenas às informações transmitidas através da mídia, que em sua grande parte são equivocadas, já que, quase sempre visam objetivos estéticos, que estão diretamente relacionados com o consumo e a comercialização de produtos, inclusive o corpo.

Diante deste contexto, apresentamos como um possível local para intervenção do professor de EF o programa de saúde da família (PSF), que surge como uma das alternativas de (re)orientação do modelo de atenção à saúde. O PSF caracteriza-se como uma estratégia que possibilita a integração e promove a organização das atividades de atenção à saúde, em uma determinada área de abrangência, na tentativa de propiciar o enfrentamento e resolução dos problemas identificados. (BRASIL, 1997). Propõe-se a trabalhar com o princípio da vigilância à saúde, apresentando uma característica de intervenção inter e multidisciplinar.

Uma vez que a Estratégia de Saúde da Família tem, dentre suas diretrizes, a intersetorialidade e multidisciplinaridade visando à promoção, proteção e recuperação da saúde, constata-se que o professor de Educação Física (EF) atende ao perfil para composição desta equipe.
Besus à todos e cobrem dos políticos EXERCÍCOS FÍSICOS PARA TODOS!!! Gratuidade e Qualidade.

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